quinta-feira, 25 de junho de 2015

SEGUNDAS INTENÇÕES

Segundas intenções

Quem não tem?
Os ajuizados que me perdoem.
Meu canto não é minha única voz.

Costumo dar vida ao que não existe;
Pois vivo,me encanto,desejo.
Há tempos perdi minha inocência.

O desconhecido,as flores,as borboletas,
A lábia e o prazer me encantam.

Me cativo por algo que não compreendo,
Mas sinto.
O que me seduz e fascina não é a beleza,
Mas sim as segundas intenções.

Enquanto travam espadas e beijos pelo amor,

Minha intensa fantasia é o predador.

CONFRONTO

CONFRONTO
Hoje estava naqueles dias,
Em um confronto com o passado.
A alma acelerada e apertada.
Não sentia saudade, mas a falta de um grito.
Leve, suave, exuberante, ser raro.
Foi vítima abusada pelo medo.
Como um predador ele a cercou,
Matou a inocência e a culpou.
O abuso virou segredo.
Hilda Helena Dias.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Remate

REMATE
Sempre era assim,
Sentia a necessidade de dar retoques
Como um sábio oriental,buscava perfeição
Em ciclos diários.
Coisas sempre precisavam de um fim,
Conclusões ,metas,rotas para o sucesso,
Eram rotinas programadas.
O sentido da vida era amar-se
Respirar a cor da vida:
Pintar os tons da terra pisada,
Detalhar estações
Ele era o ornato.
Dependia dele o embelezamento,
O acabamento.
(Hilda Helena )

A MORTE DO AMOR

A MORTE DO AMOR
Como reconstruir sua alma,
Depois da morte do amor?
Revirando o baú descobriu o ajuntado.
De amores entre paredes
Ficou repleto o espaço.
Sentia-se nu.
Criou a despedida por não suportar
A longevidade do amor
Por invejar que ele fosse
Maior que a própria vida.
Talvez tenha matado seus amores,
Seria uma serial killer,a fazer da dor uma alegria-
Colhendo da morte rebentos nascidos.

Hilda Helena Dias


VERDADE

VERDADE
Pareço tão real
Mas sou o imaginário, realidade e ficção
Questionamentos da própria razão.
Toda investigação me limita–
Tenho múltiplas faces.
E quem vive a metamorfose
Parece ser quem me define.
Vejo minha autenticidade
Quando alguém encontra a sua.
Fugindo do senso comum,
Criando a própria opinião.
Sou o que sou
Sem explicação ou descrição.
Arrebato o espírito
Enlargueço almas.
Num mundo perde
O real de si mesmo .
Hilda Helena Dias