Indiferente à sorte
sou poeira vazia
que não cabe dentro de mim
a alma vazia reside no pó
sonho resíduos dos sonhos
do outro
com arame farpado
nas costas
a teia das sombras
não me guarda
sangro meus passos
cega de tanto olhar para mim
afogada no cansaço
da infinita procura
durmo humana
no desenho do nada
mato minha sede
sem saber quem sou
o meu nome será gritado
na ausência do corpo que
me sustenta
devorada sem dentes
contra a vontade
na fúria desordenada
deixarei de ser humana
na luz sem juízo da vida
a razão pulsa
diante de ser barro
desapareço na loucura da
noite negra
dona de um prazer breve
canto
a alma na moldura é
indiferente
no contrastes das luzes
o sangue é lambido
o mundo que sei
é o que tenho
conhecer-me no depois
é promessa magra
sentida na delícia do nu
na fome do todo eu
seduzida pelo finito gasto
me retalho
gasto-me no nada
o nada fica pesado com os
pensamentos comidos.
feita de carne
sangro
deixo-me amar
Hilda Helena Dias
sou poeira vazia
que não cabe dentro de mim
a alma vazia reside no pó
sonho resíduos dos sonhos
do outro
com arame farpado
nas costas
a teia das sombras
não me guarda
sangro meus passos
cega de tanto olhar para mim
afogada no cansaço
da infinita procura
durmo humana
no desenho do nada
mato minha sede
sem saber quem sou
o meu nome será gritado
na ausência do corpo que
me sustenta
devorada sem dentes
contra a vontade
na fúria desordenada
deixarei de ser humana
na luz sem juízo da vida
a razão pulsa
diante de ser barro
desapareço na loucura da
noite negra
dona de um prazer breve
canto
a alma na moldura é
indiferente
no contrastes das luzes
o sangue é lambido
o mundo que sei
é o que tenho
conhecer-me no depois
é promessa magra
sentida na delícia do nu
na fome do todo eu
seduzida pelo finito gasto
me retalho
gasto-me no nada
o nada fica pesado com os
pensamentos comidos.
feita de carne
sangro
deixo-me amar
Hilda Helena Dias
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