quarta-feira, 25 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
sobre a morte
sobre a morte
palavras
sangrentas e
duras
em caras
ásperas
convidam a
vida para
sentar-se à
mesa
coisas não
ditas é
bebida destilada
que aos poucos
lapidadas
viram gotas
petrificadas que
insulta o
passado e
o agora
junto à
vida
somos riso
mergulhado nos
hálitos que
permite
o paraíso
conquista-se
o sofrimento
no esquecimento
dormimos na
morte
em êxtase
esperamos um
que nos cubra
de essências.
Hilda Helena Dias
THE LOVERS
Performance for Camera
Ana Montenegro and Maurizio Mancioli, collaboration
São Paulo, 2016
palavras
sangrentas e
duras
em caras
ásperas
convidam a
vida para
sentar-se à
mesa
coisas não
ditas é
bebida destilada
que aos poucos
lapidadas
viram gotas
petrificadas que
insulta o
passado e
o agora
junto à
vida
somos riso
mergulhado nos
hálitos que
permite
o paraíso
conquista-se
o sofrimento
no esquecimento
dormimos na
morte
em êxtase
esperamos um
que nos cubra
de essências.
Hilda Helena Dias
THE LOVERS
Performance for Camera
Ana Montenegro and Maurizio Mancioli, collaboration
São Paulo, 2016
domingo, 22 de maio de 2016
carnívora
carnívora
a vida faminta
com tiras
passadas
nos ombros
segura o
corpo no
precipício
a vida é
carne viva
sangrenta
pedaço de
serpente
que devora-se
com a lividez
da língua
com o seu carmim
nos lavamos
até os ossos
e saímos
passeando
pela cidade
e ela com
bico de corvo
de nós
se alimenta.
Hilda Helena Dias
a vida faminta
com tiras
passadas
nos ombros
segura o
corpo no
precipício
a vida é
carne viva
sangrenta
pedaço de
serpente
que devora-se
com a lividez
da língua
com o seu carmim
nos lavamos
até os ossos
e saímos
passeando
pela cidade
e ela com
bico de corvo
de nós
se alimenta.
Hilda Helena Dias
quinta-feira, 19 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
o voo
o voo
as pernas
dementes
caminham com
lentidão
o desejo de
ser pássaro
retarda a
partida
há frutas no
quintal
com a cabeça
onde o sol
se esconde
o sagrado e
profano
caminham no
meio de delatores
anônimos
que gozam em
teias
os intensos aproveitam
as labaredas e
levantam
voo.
Hilda Helena Dias
Segredos Profanos- tumbir
as pernas
dementes
caminham com
lentidão
o desejo de
ser pássaro
retarda a
partida
há frutas no
quintal
com a cabeça
onde o sol
se esconde
o sagrado e
profano
caminham no
meio de delatores
anônimos
que gozam em
teias
os intensos aproveitam
as labaredas e
levantam
voo.
Hilda Helena Dias
Segredos Profanos- tumbir
quinta-feira, 12 de maio de 2016
terça-feira, 10 de maio de 2016
adorno
adorno
minha sombra
abre a boca
vomita restos
de um
enigma com
devaneios
em mãos.
os canaviais
nas tardes
em suas raízes
tem
outros nomes
dentro do ser
muitas das trilhas
não são
suas
impregnados
em nós
carregamos
uma identidade
sem nome
o sentir
enfeitado
de ser luz
provoca queimaduras.
Hilda Helena Dias
FOTOGRAFIA: Arô Ribeiro
minha sombra
abre a boca
vomita restos
de um
enigma com
devaneios
em mãos.
os canaviais
nas tardes
em suas raízes
tem
outros nomes
dentro do ser
muitas das trilhas
não são
suas
impregnados
em nós
carregamos
uma identidade
sem nome
o sentir
enfeitado
de ser luz
provoca queimaduras.
Hilda Helena Dias
FOTOGRAFIA: Arô Ribeiro
travessia
travessia
perambulando
em rotação
os pés se
balançam
nas palavras
gastas
a procura
a cor viva
da pele
na multiplicidade
do ser
salta nua
em pontes
e rompe
instantes
loucos ouvem
o badalar
dos relógios
de pedra
enquanto são
iluminados
o breu permanece.
Hilda Helena Dias
Arte: O Grito, obra do pintor Edvard Munch.
perambulando
em rotação
os pés se
balançam
nas palavras
gastas
a procura
a cor viva
da pele
na multiplicidade
do ser
salta nua
em pontes
e rompe
instantes
loucos ouvem
o badalar
dos relógios
de pedra
enquanto são
iluminados
o breu permanece.
Hilda Helena Dias
Arte: O Grito, obra do pintor Edvard Munch.
trilha
trilha
no canto dos
bichos de asas
e na
mudez das
pedras
nascem
palavras
sós corremos
em trilhas de
estrelas
a estalagem
em cachoeiras
me acolhe
olho o verde
dos viajantes
acampado
na loucura
homens nascem
de carne da
mulher
e os loucos
preexistem entre
a claridade e
o vazio.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
no canto dos
bichos de asas
e na
mudez das
pedras
nascem
palavras
sós corremos
em trilhas de
estrelas
a estalagem
em cachoeiras
me acolhe
olho o verde
dos viajantes
acampado
na loucura
homens nascem
de carne da
mulher
e os loucos
preexistem entre
a claridade e
o vazio.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
terça-feira, 3 de maio de 2016
no meio dos homens
no meio dos homens
vive-se
em teias
a pele
sente dor
sem armadura
tendo muito
de ovelha
quase nada
de tosquiador
sem dizer
palavras
seguia
seu corpo
Casa da Alma
era luz
que o
lembrava
ser
humano.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
RELAMPIÃO - Antes de começar.
A Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéa de Teatro juntam-se nesse processo para revisitar as histórias de Lampião, o mito do cangaço, e aproximá-las das questões cotidianas de nosso tempo.
vive-se
em teias
a pele
sente dor
sem armadura
tendo muito
de ovelha
quase nada
de tosquiador
sem dizer
palavras
seguia
seu corpo
Casa da Alma
era luz
que o
lembrava
ser
humano.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
RELAMPIÃO - Antes de começar.
A Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéa de Teatro juntam-se nesse processo para revisitar as histórias de Lampião, o mito do cangaço, e aproximá-las das questões cotidianas de nosso tempo.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
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