sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A TroLhA: Errar é humano, mas...

Permenecer no erro é típico da maria freitas...


Hoje, em seu espaço no diário oficial da corte cor de rosa, a futura e ex-secretária de educação retoma a defesa do seu "genial" processo de avaliação automática, um dos maiores fracassos pedagógicos da história, responsável por lançar Campos dos G. no fosso dos piores índices de aproveitamento escolar do Brasil, e quem sabe do mundo...


Ao tentar a sutileza para tratar do tema, a futura e ex-secretária derrapa em sua pouca capacidade de verbalização, e revela todo o seu ranço autoritário, e sua incapacidade de debater e aceitar que suas "idéias" estão superadas, ou ao menos, necessitam reparos sérios para serem implementadas...


Em um discurso impróprio para quem responderá publicamente pelas políticas educacionais do município, a futura e ex-secretária mantém o tom maniqueísta e binário das suas "formulações"...Leia um trecho reproduzido de seu texto no jornal...


"A reprovação, na maioria das vezes é aclamada, já que sempre foi usada, através dos tempos, sem a menor parcimônia, afinal, ela livra a escola de todas as responsabilidades e segue em frente, no seu afã de selecionar os “melhores” e alimentar a máquina de fabricar dominados, inferiores... para “gente bem nascida” é um modelo e tanto de fabricar uma sociedade desigual. Alguns preferem este modelo, afinal, sentenciar é bem mais fácil do que acompanhar, facilitar, orar, vigiar, cuidar, promover..."



Está claro a todos que e Escola não pode ser um espaço de exclusão, ou seja: é durante a fase de aprendizado das crianças e jovens que devemos dedicar todos os esforços a diminuir as diferenças, através do reconhecimento de que o processo de aprendizado é individual...Isso implica em modelos flexíveis e adaptáveis a cada realidade onde serão inseridos...
No entanto, as linhas gerais do processo educacional devem estar claras: o objetivo é o aluno e seu aprendizado...

A pobre análise da futura e ex-secretária esconde dados importantes, por ignorância, má-fé ou ambos...

Desconhece o movimento de "desregulamentação" a que foi submetida a Escola, envolvida pelas teses neolibeirais de eficiência e produtividade, onde a carreira magisterial foi atacada e reduzida a uma atividade autômata e desqualificada, e os alunos foram tratados como produtos, números e estatísticas...

Na impossibilidade de reverter os resultados dos alunos para os índices que desejavam, os gestores deslocaram a avaliação dos alunos para os professores, iniciando assim uma "paternalização" e falsificação perigosa, denominada: aprovação automática...


Ao dizer que apenas a reprovação e repetência de ciclos são os prinicipais motivos da evasão escolar, os gestores desvincularam a Escola da realidade que a cercava, e criaram um "mundo ideal", sem diferenças, sem cobranças, avaliações e punições...Mentiram assim, desacaradamente para sua "clientela", que logo após que saíssem dos bancos escolares seriam, e sempre serão, avaliados, sancionados, "punidos" e cobrados por seus resultados...
Para combater a exclusão pela repetência, criaram a exclusão pela não-avaliação...
O que os gênios pedagógicos escondem, é que toda essa "reengenharia educacional" não buscava atender a demanda pedagógica dos alunos...
O sentido de tais intervenções era tão somente ampliar a capacidade da Escola em atendimento(leia-se matrículas) para aumentar os repasses orçamentários recebidos, sem que isso fosse revertido em maiores investimentos na área educacional, e sim em obras e compras suspeitas de materiais e serviços...


A falácia da aprovação automática, sob o signo da não-exclusão, na verdade é uma das faces mais duras e mentirosas dos modelos "poplulistas"...Escondem que a "seleção" educacional se dá de qualquer forma, pois de certa maneira reflete o contexto social onde está inserida a Escola...Alunos com famílias bem estrturadas, com pais presentes e atuantes, com histórico escolar melhor, se sairão melhor, com ou sem aprovação automática...
Já os alunos carentes e hipossuficientes sequer terão uma referência quantitativa para descobrir suas incapacidades...Serão enganados, pois estão aprovados, mas não estão aptos a nada...
Enfrentarão as "punições" das empresas, dos vestibulares e em toda a sociedade, que rejeitará sua incapacidade e insuficiência acadêmica...
Não se combate o "darwinismo escolar" dando "alimento" de forma artificial aos que estão menos adaptados...é necessário dotar esses "atrasados" de "ferramentas compensatórias", como garantia de sua sobrevivência social...caso contrário, será extintos quando retirados desse "ambiente fabricado"...


O que a sociedade campista deve fazer, sob pena de produzir uma nova legião de "aprovados acéfalos", é impedir que esse "discurso" e essa práxis populista se alastre...Os sindicatos, pais e associações de moradores devem discutir e contestar esse "modelo paternalista" proposto pela "secretária mãe dos pobres"...


Pobre não precisa de caridade, necessita direitos e qualidade de ensino...


Perguntamos:
Faz alguma diferença o método de avaliação e aprovação se a Escola for de boa qualidade...?

Faz algum sentido discutir a "ponta" do processo (avaliação e promoção escolar) sem antes discutir salários, estrutura pedagógica e material, democracia na gestão (eleição para diretores), integração escola X comunidade, objetivos e metas educacionais...?
Quantos gestores submeteriam seus filhos a essas "idéias revolucionárias" de aprovação automática?...Onde estudaram os filhos da secretária, da prefeita e de outros mandatários...?

A TroLhA: Falta compromisso com a democracia...



Reproduzo aqui a postagem de Xacal apoiando a campanha das DIRETAS JÁ para diretores de escola:
Esse blog assumiu a campanha pela democratização da gestão das escolas municipais e estaduais, lançada pelos blogs das professores hilda helena(professorahildahelenasempre.blogspot.com)e da professora mônica(ensinar-projetodevida.blogspot.com)...


Todos sabemos que a vinculação da administração escolar aos interesses político-partidários dos que ocupam o governo...


Sem autonomia, e sob o jugo dos cabos eleitorais, a Escola definha, a comunidade se afasta e a Educação afunda...


No projeto "revolucionário" da maria freitas, durante o "muda campos", nunca houve espaço para a democracia nas Escolas...


Durante a gestão estadual do casal de napoleões da lapa, nem é preciso mencionar qual foi o tratamento dispensado ao professores...


Mas pelo visto, a maria freitas vai manter sua obediência cega e canina ao casal de prefeitos, como de costume...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

3 motivos para continuar sendo professor em 2009 !




Transformar esse tema em poesia está meio complicado pois a luta pela democratização das escolas brasileiras ainda parece utopia,os salários pagos estão repercutindo em greve,mas como educadora que sou termino o ano,"quase de férias",pensando no meu papel para o ano de 2009.Eu estou é procurando motivos e até razões para tornar a minha profissão atraente...Notoridade é coisa de luxo para alguns educadores brasileiros e muitos são os desafios.Um flash da reportagem de Roberta Bencine na Revista Escola talvez ajude a reecontramos motivos para não desistir...




MOTIVO 1




Quem não ama o que faz dá pouco de si. Não se esforça. Bate cartão, cumpre protocolo. O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão. Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas. Que são diferentes de livros, armários, números... Tem coisa pior do que ser chamado de 26? Ou 12? Amor é vital. No trabalho, na vida, em tudo. Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna , quem há de negar a importância do amor na educação?

REBECA(Minha sobrinha-Aluna matriculada em 2009 para cursar o 1º ano)



MOTIVO 2

Ter um ideal e nunca esquecê-lo.
Ser uma metamorfose ambulante em vez de ter aquela velha opinião formada sobre tudo, como cantava Raul Seixas. Não podemos deixar envelhecer sonhos, enrugar idéias. Quem perde a oportunidade de se renovar a cada dia, no contato com crianças e jovens cheios de desejos, desiste de viver, vira ultrapassado, neutro, passivo, incompetente, injusto consigo mesmo e seus alunos. Quem abandona ideais pára de ensinar a ter esperança no futuro.É preciso "ser revolucionário. Resgatar o ideal de transformar o mundo por meio das pessoas e, assim, fazer com que as gerações aprendam a respeitar o ser humano e o planeta em que vivemos"Suzana Maringoni

Eu com Raquel e Amélia



MOTIVO 3

"Ser professor é no mínimo uma obrigação política.
Não podemos aceitar uma população de excluídos da educação e cultura. Nossa profissão só tem sentido se despertar a consciência social por meio do conhecimento e promover o exercício da razão como forma de libertação" Marilena Chauí



Alunos do 3º ano CENV

domingo, 21 de dezembro de 2008

A nova cara da língua portuguesa



Reforma ortográfica entra em vigor no começo de 2009, fechando as negociações iniciadas em 1990. Além do Brasil, sete países vão aderir às modificações na escrita

Ano novo, língua nova. Já no primeiro dia de 2009, quem esquentar o restinho da ceia no micro-ondas vai ter que levar o hífen junto. Os que vão passar as férias na praia, com certeza vão pegar um voo sem acento. Com todo cuidado para não ter enjoo. E nas cidades do interior, toda a atenção é pouca: pão com linguiça mantém o sabor mineiro, e agora vem sem trema. A ideia de reformar o idioma português é boa, mas nem por isso o leitor deve ficar tranquilo. Na hora de escrever, é preciso observar as regras em vigor para encontrar uma boa saída, palavra essa que continua com a mesma grafia.

As mudanças da língua passam a valer a partir de 1º de janeiro, embora haja um período de adequação às normas até dezembro de 2012. Até lá, as duas formas vão conviver em harmonia e as modificações não poderão ser cobradas em vestibulares, concursos e provas escolares. A reforma ortográfica vai afetar cerca de 3 mil palavras, o que eqüivale a 0,5% dos verbetes reconhecidos oficialmente no idioma brasileiro. Entre as principais alterações estão o aumento do alfabeto de 23 para 26 letras, com a inclusão do k, w e y; a extinção do trema; e a criação de novas regras de acentuação (veja arte).

O ponto mais polêmico da reforma, o hífen, é o único que ainda não está completamente definido. Apenas em fevereiro, quando a Academia Brasileira de Letras (ABL) deve divulgar um documento oficial, é que as regras de uso do famigerado tracinho serão esclarecidas. Até a publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), vão permanecer as dúvidas e as controvérsias sobre quais expressões e verbetes devem ser separados por hífen e quais prefixos vão exigir sempre a presença do sinal gráfico.

ACORDO As modificações fazem parte de um acordo ortográfico firmado em 1990 pelos integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)- Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Anos mais tarde, o Timor Leste também assinou a unificação da língua. Mas os prazos de implantação das novas regras nunca foram cumpridos e o governo brasileiro sempre adiou as mudanças por falta de adesão de Portugal. Essa situação mudou em março, quando Lisboa anunciou o desejo de fazer parte da reforma. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto com o cronograma de aplicação do acordo no país.

As novidades, fundamentadas em 20 bases de mudanças, interferem apenas na grafia das palavras. Portanto, atingem em cheio as letras, acentos e sinais gráficos, como o hífen e o trema, mas não alteram em nada a pronúncia, a conjugação, a semântica e a didática da língua. A expectativa é de que a reforma favoreça a união entre os países de língua portuguesa e facilite a publicação de documentos oficiais em fóruns internacionais.

"O português é a única língua que, nos encontros da Organização das Nações Unidas (ONU), produz duas versões: uma no idioma do Brasil, outra no de Portugal. Mas a reforma mantém critérios de flexibilidade, ou seja, os portugueses vão continuar escrevendo "sector", "acto", "António", enquanto nós usamos "setor", "ato" e "Antônio". Portanto, não conseguimos padronizar, uniformizar a grafia das línguas", diz a especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, jornalista e autora de uma série de livros, entre eles o Manual de Redação e Estilo dos Diários Associados.

Segundo Dad, que também assina a coluna Dicas de Português do Estado de Minas e é editora de Opinião do jornal Correio Braziliense, os países lusófonos perderam uma boa oportunidade de realmente unificar o idioma. "Seria preciso mais negociação, discussão e entendimento entre as nações. Soube que, antes de assinar qualquer documento, o presidente Lula pergunta em que isso beneficia os pobres. Digo que a reforma não beneficia a língua, por não ter atingido seu objetivo, e ainda prejudica o pobre. Pais de família que fizeram enorme sacrifício para comprar um dicionário ou uma gramática para os filhos agora vão ter que jogar tudo no lixo", lamenta.


Mudança nas escolas vai demorar um ano


A reforma da língua portuguesa vai chegar com pelo menos um ano de atraso às salas de aula de todo o Brasil. Isso porque as novas regras ortográficas só aparecerão nos livros didáticos a partir de 2010. Segundo cronograma do Ministério da Educação (MEC), os alunos das séries iniciais (1ª a 5ª) do ensino fundamental vão receber o material escolar reformulado em janeiro de 2010. Os estudantes dos anos finais (6º ao 9º) serão contemplados com a mudança em 2011, e os de nível médio terão que aguardar até 2012.


De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC, o prazo de entrega do material didático foi calculado com base na necessidade de adaptação das editoras. "Os livros são comprados para durar três anos. Portanto, estamos seguindo o calendário normal de aquisição e distribuição para as instituições públicas de ensino. Apesar disso, acredito que a reforma deve chegar antes aos alunos, pois todos os meios de comunicação vão adotar as novas regras a partir de janeiro do ano que vem", explica o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Rafael Torino.

Já os novos dicionários, adaptados à reforma ortográfica, serão distribuídos ainda em 2009. Segundo Rafael, o MEC estima investir R$ 90 milhões na compra do material, que vai ser entregue a 1 milhão de salas de aula em todo o país, contemplando um universo de 37 milhões de alunos da rede pública. Em Minas, a nova coleção deve chegar às mãos de 3,8 milhões de estudantes dos ensinos fundamental e médio. A compra depende do lançamento de um edital pelo FNDE e o processo licitatório deve ser aberto depois da publicação, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da versão final das mudanças ortográficas.

O governo federal planeja adquirir três kits diferentes de glossários. Um para crianças de 6 a 8 anos, em fase de alfabetização, com descrições simples dos significados e um número máximo de 3 mil verbetes. Outro para alunos de até 10 anos, com até 10 mil palavras. E um terceiro, para ser usado dessa idade em diante, contendo de 19 a 35 mil expressões.

CAPACITAÇÃO Para receber os livros didáticos em 2010, com todas as mudanças na ponta da língua, os professores da rede estadual de Minas Gerais vão ser treinados a partir de fevereiro do ano que vem. Segundo a Secretaria de Estado de Educação, a capacitação faz parte da Rede de Formação dos profissionais de ensino. "Vamos trabalhar os conceitos básicos e, para os professores dos anos iniciais, foi elaborado o Guia do Alfabetizador. Na prática, a nova ortografia será adotada em 2010, quando chega o material didático, mas já começamos a preparação. Acredito que a adaptação será lenta, pois os alunos ainda vão ter que lidar com muitas obras literárias escritas de acordo com as regras antigas", afirma a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Raquel Elizabete Souza Santos.

A Secretaria Municipal de Educação informou que a implantação do acordo ortográfico nas escolas de Belo Horizonte será discutida pela nova equipe de administração da capital, que toma em posse em janeiro. (GT)


Os problemas com o hífen


No Brasil, são 190,3 milhões de pessoas. Em Portugal, outros 10,5 milhões. E mais 20 milhões em países africanos e comunidades da Ásia. Ao todo, mais de 220 milhões falam o português e fazem do idioma o quinto mais falado do planeta, segundo o Ministério da Educação (MEC). Em outras palavras, quase 5% da população mundial está diante de uma encruzilhada: as mudanças na escrita, ainda uma grande interrogação na cabeça de estudantes, professores e até de especialistas no assunto.

A reforma ortográfica vai exigir esforço e dedicação dos interessados em aprender 20 novas regras e mais de uma dezena de exceções. A ampliação do alfabeto e a extinção do trema dão para tirar de letra. O fim do acento circunflexo nos hiatos êem e ôo também não é complicado, basta se acostumar à nova grafia de veem, creem, releem e voo, abençoo, perdoo. Já o fim dos acentos diferenciais de pelo, para, polo e pera, por exemplo, gera confusão. "A frase "Trânsito para BH" agora tem sentido duplo. Não sabemos se um grande número de veículos congestiona a cidade ou se há fluxo de carros direcionados à capital", alerta a especialista Dad Squarisi.

Mas o grande trava-línguas da reforma é mesmo o hífen. E não adianta tentar entender a lógica de uso do tracinho. Para escrever no padrão das novas regras do acordo ortográfico a única solução é decorar cada uma das normas. "O brasileiro já tem, de maneira geral, dificuldade no português. Agora, ele vai ter que entender as mudanças em algo que não conhece bem. Isso vai ser um caos. O lado positivo é que a reforma vai estimular, ou melhor, quase obrigar as pessoas a aprenderem mais sobre a língua. Mas o hífen, que sempre foi o grande complicador do idioma, não foi beneficiado em nada com a reforma", critica o professor de português José Nani Júnior, com mais de 35 anos de experiência na área.

Segundo o presidente da Comissão de Língua Portuguesa do MEC (Colip), Godofredo de Oliveira Neto, os pontos mais polêmicos só serão esclarecidos com a publicação do documento oficial da Academia Brasileira de Letras (ABL). "O acordo ortográfico é como uma lei. Depois de aprovada, ela precisa ser regulamentada e pode estar sujeita a emendas. A reforma tem alguns pontos sujeitos a dupla interpretação e a academia está reunida para bater o martelo sobre as dúvidas. Acredito que o acordo será importante par ajudar a reduzir o analfabetismo, pois os livros passarão a ter maior tiragem e preços mais acessíveis", afirma Godofredo.

OPINIÃO DIVIDIDA Nas salas de aula, as mudanças dividem a opinião dos alunos. Johner Zorzo Dornelles, de 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, critica as novas regras de acentuação. "O nosso português quer ficar igual ao inglês, sem acentos? É tão bom quando a grafia das palavras nos ajuda a saber qual é a sílaba tônica. Isso facilita a pronúncia correta. A reforma complicou tudo e, por enquanto, estou evitando estudar as novidades. Vou prestar vestibular agora e as mudanças podem me confundir", lamenta o candidato a uma vaga em medicina.

Já para a colega dele Patrícia Andrade de Menezes, também de 17, o acordo ortográfico pode ajudar as crianças em fase de alfabetização. "Para os que estão começando a aprender a língua, a mudança vai ser boa. Mas, para quem já está num estágio mais avançado de aprendizado, escrever é um ato automático e vai ser um custo aprender as novas regras. Acredito que será necessário um bom tempo para todo mundo se adaptar", diz Patrícia. (GT)


O hífen, que sempre foi o grande complicador do idioma, não foi beneficiado em nada com a reforma

José Nani Júnior, professor de português


Principais mudanças na ortografia


1 - Alfabeto:

entram k, w e y

2 - O trema desaparece:

frequente, tranquilo, lingueta, linguiça

3 - Sai o circunflexo do ditongo ôo:

voo, abençoo, perdoo

4 - Circunflexo do hiato êem desaparece:

veem, creem, deem, releem

5 - Agudo do u tônico dos verbos some:

apaziguar (apazigue), averiguar (averigue), arguir (arguem)

6 - O i e u antecedidos de ditongo perdem o grampo:

feiura, baiuca

7 - Ditongos abertos éi, ói viram ei, oi:

ideia, joia (o acento permanece nas palavras oxítonas e monossílabos: papéis, herói, dói)

8 - Os acentos diferenciais somem:

pelo, para, polo, pera (mantém-se o circunflexo de pôde e do verbo pôr)

Exigem hífen sempre:

Os prefixos seguidos de h: anti-higiênico, super-homem, micro-história, extra-humano, co-herdeiro, proto-história, sobre-humano, ultra-heróico

Exceção: subumano

Além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem, vice: Além-mar, aquém-muros, ex-presidente, pós-graduação, pré-primário, pró-reitor, recém-chegado, sem-terra, vice-presidente

Prefixos terminados em vogal seguidos por palavra começada pela mesma vogal: anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque, micro-ondas, semi-internato

Exceção: co- se junta ao segundo elemento mesmo quando ele começa com o:coordenar, coobrigação

Prefixos terminados por consoante seguidos de palavra começada pela mesma consoante: hiper-rico, inter-racial, sub-bloco, super-resistente, super-romântico

Sub usa mais um hífen - com a palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça

Os sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu, e mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu

Rejeitam o hífen

Prefixos terminados em vogal diferente da vogal que se inicia o segundo elemento: aeroespacial, agroindústria, antieducação, autoescola, coedição, coautor, infraestrutura, plurianual, semiopaco

Nos prefixos terminados em vogal que se juntam a palavras começadas por r ou s, duplicam-se o r e o s para manter a pronúncia: antirrábico, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrassenso, infrassom, microssistema, minissaia, neossocialismo, semirrobusto, ultrarrigoroso, ultrassom

"Seleção de professores: caminho para a excelência"



Uma reportagem publicada pela revista americana New Yorker há alguns dias fala sobre seleção de profissionais para o exercício de determinadas profissões, como professor. 'Nos últimos anos, algumas áreas começaram a lutar contra esse problema, mas nenhuma com conseqüências sociais tão profundas quanto o magistério', escreve Malcolm Gladwell, o autor do texto.

Selecionar os melhores professores é um dos segredos dos sistemas de alto desempenho no mundo todo para alcançar uma Educação de qualidade. Cada vez mais pesquisas atestam a importância do professor na aprendizagem. Seu conhecimento e atuação em sala de aula são o que há de mais decisivo para o desempenho da turma.

Na Coréia do Sul, onde os professores são recrutados entre os 5% dos alunos de melhor desempenho no Ensino Médio, a receita para atrair os mais capacitados inclui possibilidade de aprimoramento profissional e de trabalhar em uma carreira valorizada socialmente.

Escolher bons profissionais é um dos desafios que o Brasil deve superar, pois a situação é bem diferente por aqui. 'Em nosso sistema educacional, boa parte dos professores vem dos 20% piores', diz Claudia Costin, vice-presidente da Fundação Victor Civita e futura secretária de educação municipal do Rio e Janeiro. Mas uma questão é fundamental: os professores precisam ser valorizados, afinal exercem uma função estratégica para o país."

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Posicionamento de um educador


"Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutro, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo".

"Só desperta paixão de aprender, quem tem paixão de ensinar."

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."

"É que a democracia, como qualquer sonho, não se faz com palavras desencarnadas, mas com reflexão e prática".


"Se a Educação pudesse falar, ela diria: Tenho que compreender quão limitada me obrigam a ser, dados os limites políticos que não me permitem ultrapassar".


Paulo Freire

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Municípios de Florianópolis são exemplos de democracia: Eleições diretas para diretores de escolas




As eleições diretas para diretores de escolas aconteceram, no dia 22 de novembro deste ano,das das 8h às 17h, com a eleição dos candidatos que tiveram maior número de votos válidos no Municípios de Florianópolis

Para participar do pleito o candidato deveria ser membro efetivo no quadro do magistério ou membro efetivo no quadro civil, nos cargos de auxiliar de sala e bibliotecário ou ser admitido em caráter temporário no quadro do magistério. O concorrente deveria ter formação em nível superior, na área da educação, e ter atuado durante os três últimos anos letivos na rede municipal de ensino da Capital.
Quem foram os eleitores? Os 4 mil 500 servidores, que podiam ser efetivos, admitidos em caráter temporário, comissionados ou terceirizados, bem como por 7 mil 678 alunos de 5ª a 8ª séries, devidamente matriculados e com freqüência mínima de 75%.Pai, mãe ou responsável legal pelo estudante também teve direito de votar.


A homologação e divulgação dos resultados oficiais das eleições forão publicadas no dia 28 de novembro. Os eleitos vão tomar posse no dia 19 de dezembro e ficarão no cargo por dois anos.

Foi extremamente importante a participação ativa de todos nesse processo.
O exercício da cidadania, a oportunidade de valorização da democracia através da escolha do diretor de uma unidade educativa deve ser um aprendizado fantástico.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Compreensão da explosão de cólera na Grécia



A média capitalista, como de costume, omite a compreensão de todo o contexto desta explosão insurreccional na Grécia.
Lá como cá existe uma insatisfação cada vez maior da juventude, confinada entre empregos precários e mal pagos e o desemprego.
A juventude é cada vez mais culta, mais instruída; é inevitável que se politize e que adopte as tendências de esquerda libertárias, pois são as que lhes oferecem garantias de não comprometimento com um poder cada vez mais corrupto.

Por isso, não admira que exista um eco e solidariedade activa em Itália, em Espanha, em França ou na Dinamarca e em muitos países onde a situação dos jovens se torna cada vez mais destituída de esperança.
O ministro da economia Jorge Alogoskoufis, tem reduzido as despesas sociais e privatizado a torto e a direito, para manter o país dentro do «pacto de estabilidade», o que levou o orçamento da educação a 3,5% . Estudantes e alunos liceais são um segmento da população que tem sentido mais duramente esta austeridade.
´Lá como cá os políticos da maioria fazem pseudo-reformas no ensino, porém os resultados são tão maus que obrigam as famílias a despender em média cerca de 500 euros mensais com cursos nocturnos de complemento para seus filhos , para estes terem hipóteses de integrar a universidade.
E mesmo com um curso universitário, lá como cá, não há garantias de obter um trabalho. O mercado absorve apenas metade dos 80 mil diplomados universitários por ano.
O desemprego é mais elevado na fatia etária dos 15-24 anos (24,3%). O desemprego feminino geral é também o dobro do masculino.
A crise financeira ainda tornou mais reduzidas as hipóteses de emprego e aumentou a compressão dos salários - entre 700 e 900 euros - e sobretudo, os jovens vêm-se arredados do acesso ao mercado de trabalho. Ultimamente, assistiu-se a uma vaga de despedimentos colectivos, cerca de 100 000 despedimentos, que devem corresponder a 5% suplementares para a taxa de desemprego do país. A Grécia tem a taxa mais elevada de de trabalhadores pobres (14%), os que precisam de um segundo emprego para fazer face às necessidades básicas.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Recordando o triste 13 de dezembro de 1968




Não foi fácil....

No dia 13 de dezembro de 1968, há 40 anos, o governo do "presidente" militar Costa e Silva baixava o Ato Institucional nº5. O decreto, que vigoraria por prazo indefinido, dava ao presidente com o poder de cassar políticos, fechar o Congresso, suspender o habeas corpus, impor censura prévia à imprensa, aposentar compulsoriamente professores universitários e prender dissidentes.
Naquela sexta-feira 13, ficaram para trás o mundo das passeatas, da irreverência anárquica, dos festivais de música e do tropicalismo e se intensificaram as cassações, o exílio, a tortura e a censura. A repressão passou a ser a regra do jogo a partir do episódio, que ficou conhecido como "o golpe dentro do golpe".

DIRETAS JÁ PARA DIRETORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS




A comunidade de Campos tem uma reivindicação antiga: eleição direta para diretor de escola.
Parece um pedido simplista, mas seria uma verdadeira revolução na educação.
Um diretor eleito pela comunidade escolar teria de assumir compromissos claros de objetivos e metas para a melhoria da educação.
Do jeito que está não pode continuar. O diretor não presta um concurso público,e é o governo de plantão que o nomeia nas escolas. Além disso, raramente encontramos o diretor designado na escola. A regra é a função estar sendo preenchida por um auxiliar enquanto o “diretor” está em “outra escola” ou mesmo desviado para cargos “em comissão” ou até mesmo em um gabinete político qualquer.

O GOVERNO ROSINHA APÓIA AS "DIRETAS JÁ"?

Chega de argumentos semelhantes aos que a ditadura militar usava para desqualificar a sabedoria do povo.

Onde está o Sindicato dos professores municipais em Campos?

Onde está o Projeto de Lei?

Podemos esperar que os vereadores aprovem o projeto, favorecendo a gestão democrática das escolas municipais em Campos?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Resgate da memória de movimentos para diretores nas escola

Reunião do CEP com pais de alunos para a discussão da eleição de diretores nas escolas
1987 - Rio de Janeiro/Brasil



O Centro de Professores do Rio de Janeiro - CEP, no ano de 1987, organizou junto aos pais de alunos e líderes comunitários, reuniões para discussões para as eleições de diretores de escolas públicas municipais. Da esquerda para direita:Gilson (Associação de Moradores do Dona Marta); Chico Alencar; ?; Lúcia Teresa, Hildézia Medeiros.


Eleição de diretores das escolas da rede pública do Rio de Janeiro
1987 - Rio de Janeiro/Brasil






Flagrante de um dos momentos de votação na Assembléia geral de professores da rede pública do Rio de Janeiro, realizada a 25 de agosto de 1987 no Sambódromo, organizada pelo Centro Estadual de Professores (CEP). Cerca de 4 mil professores compareceram à Assembléia, onde ficou decidido que os professores da rede estadual retornariam às salas de aula e os da rede municipal continuariam em greve, com exceção de 17 municípios que resolveram retornar às salas de aula





Apresentação de urna nas eleições de diretores para escolas da rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro. Na primeira metade da década de 1980, inicia-se em vários Estados o processo de eleiçãode diretores. Em fins dos anos 80, vários Estados inscrevem, em suas respectivas constituições, a obrigatoriedade da eleição como critério de escolha dos diretores nas escolas públicas. Alunos, pais, professores e funcionários teriam o direito de escolher os diretores, diretores adjuntos e secretários. Em 65% das então 903 escolas municipais do Rio de Janeiro, só uma chapa se apresentou para disputar as eleições. O coordenador das eleições foi Chico Alencar, então professor e ex-presidente da Famerj.








Apresentação de cabine em eleição para diretores em escolas da rede pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Na primeira metade da década de 1980, inicia-se em vários Estados o processo de eleiçãode diretores. Em fins dos anos 80, vários Estados inscrevem, em suas respectivas constituições, a obrigatoriedade da eleição como critério de escolha dos diretores nas escolas públicas. Alunos, pais, professores e funcionários teriam o direito de escolher os diretores, diretores adjuntos e secretários. Em 65% das então 903 escolas municipais do Rio de Janeiro, só uma chapa se apresentou para disputar as eleições. O coordenador das eleições foi Chico Alencar, então professor e ex-presidente da Famerj.




Apresentação de cartaz com propaganda das eleições de diretores para escolas da rede pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Na primeira metade da década de 1980, inicia-se em vários Estados o processo de eleição de diretores. Em fins dos anos 80, vários Estados inscrevem, em suas respectivas constituições, a obrigatoriedade da eleição como critério de escolha dos diretores nas escolas públicas. Alunos, pais, professores e funcionários teriam o direito de escolher os diretores, diretores adjuntos e secretários. Em 65% das 903 escolas municipais do Rio de Janeiro, só uma chapa se apresentou para disputar as eleições. O coordenador das eleições foi Chico Alencar, então professor e ex-presidente da Famerj.




Flagrante de eleitora no momento de depositar o voto em eleição de diretores de escolas da rede pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Na primeira metade da década de 1980, inicia-se em vários Estados o processo de eleição de diretores. Em fins dos anos 80, vários Estados inscrevem, em suas respectivas constituições, a obrigatoriedade da eleição como critério de escolha dos diretores nas escolas públicas. Alunos, pais, professores e funcionários teriam o direito de escolher os diretores, diretores adjuntos e secretários. Em 65% das então 903 escolas municipais do Rio de Janeiro, só uma chapa se apresentou para disputar as eleições. O coordenador das eleições foi Chico Alencar, então professor e ex-presidente da Famerj.





Aluno vota em eleição de diretores em escolas da rede pública de ensino no Estado Rio de Janeiro. Na primeira metade da década de 1980, inicia-se em vários Estados o processo de eleiçãode diretores. Em fins dos anos 80, vários Estados inscrevem, em suas respectivas constituições, a obrigatoriedade da eleição como critério de escolha dos diretores nas escolas públicas. Alunos, pais, professores e funcionários teriam o direito de escolher os diretores, diretores adjuntos e secretários. Em 65% das 903 escolas municipais do Rio de Janeiro, só uma chapa se apresentou para disputar as eleições. O coordenador das eleições foi Chico Alencar, então professor e ex-presidente da Famerj.

A divulgação




O movimento Todos Pela Educação divulgou hoje o relatório de acompanhamento de suas 5 Metas (ver figura), com base nos resultados apurados em índices medidos em pesquisas e provas nacionais e regionais. O relatório mostra que a Educação no Brasil melhorou entre 1995 e 2007, principalmente no atendimento escolar, alfabetização das crianças e conclusão do Ensino Fundamental e Médio. Porém, o avanço não foi suficiente para atingir todas as metas intermediárias estipuladas. Língua Portuguesa ainda é um problema no Ensino Fundamental, enquanto Matemática é o calcanhar de Aquiles do Ensino Médio.

Que condições de trabalho estão sendo oferecidas se a democracia não existe nas escolas e a maioria dessas tem seus diretores nomeados por políticos que não estão nem um pouco interessados na qualidade da educação pública?

Onde estão os caras- pintadas desse tempo?




O Brasil esteve durante muitas épocas históricas,sob o jugo do autoritarismo.A democracia é um regime relativamente recente,razão do nosso atraso econômico,político e social.
Mudar essa situação é o grande desafio da sociedade brasileira.


Hoje dando aula para o 5º ano no CENV,uma aluna vendo o álbum de História relacionado aos movimentos populares no final dos anos de 1970 até a manifestação de estudantes na luta contra a corrupção que ganhou força no governo de Fernando Collor,pedindo o impeachment,ela me perguntou porque as pessoas hoje em dia não vão para as ruas para lutar contra acorrupção e nos seus 10 anos ela afirmou:"Se tiver um movimento desse eu sou a primeira a apoiar!'




Tem coisas que nos pegam de surpresa,as pessoas se acostumaram com a política do populismo tipo o Bolsa Família e são enganados pois esse programa que visa à inclusão social da população brasileira mais pobre,por meio da transferência de renda não garante o acesso de serviços essenciais ,como,alimentação,educação e saúde.

Reforço a idéia de que o processo histórico é impulsionado por movimentos socias,no caso da derrubada da ditadura no Brasil,foi de suma importância a participação popular.


Uma determinada ocasião dando aula numa Zona Rural perguntei para os alunos da alfabetização o que era democracia e um pequenino de 6 anos respondeu:"Uma doença!",o diretor que por conscidência havia levado meu livro de ponto para assinar(sempre esqueço dessa parte)disse:"Que esta doença contagie o nosso país!"


Vivemos em um momento de apatia política...Será que naquela época o povo tinha mais conscência política?
A concentração da renda e da riqueza no Brasil é muito mal distribuída:poucos têm muito e muitos têm pouco;não é à toa que o Brasil é o 8º país em desigualdade social!O Brasil não é um país pobre.Temos tecnologias,indústrias modernas e não nos faltam recursos naturais como água,petróleo e minérios.
Ao que parece faltam "caras-pintadas" pois o que está faltando nos brasileiros é aceitar o desafio que é garantir que todos possam participar plenamente da sociedade e desfrutar da riqueza nacional!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Políticos em Campos escolhem os diretores de escolas



Apesar de ser uma unanimidade negativa entre especialistas em educação, a escolha de diretor de escola por indicação da prefeitura ou do Estado é o método mais comum no Brasil. Dados tabulados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, do MEC.

Esse é o método mais criticado por ser menos transparente e por permitir que o cargo fique sujeito a nomeações político-partidárias.

A eleição do diretor ou a escolha por meio de concurso público, métodos considerados mais democráticos ou meritocráticos, são práticas pouco habituais no sistema público. O percentual de diretores eleitos no país é de 19,5%. A proporção de concursados é menor: 9,2%.

Em apenas cinco Estados o percentual de eleitos supera o de nomeados: Acre (onde 72,3% foram escolhidos por eleição), Paraná (58,8%), Rio Grande do Sul (50,9%), Mato Grosso (48,3%) e Mato Grosso do Sul (44,6%).

Já a proporção de escolhidos por concurso só supera a de nomeados em um único Estado: São Paulo, onde 51,8% dos diretores passaram por concurso público.

"A escolha por indicação é a pior forma por colocar na escola uma pessoa que não tem vinculação com o sistema educacional. É claro que, em alguns casos, pode existir algum critério nessa indicação, mas, na maior parte das vezes, a escolha é político-partidária

"A pior coisa que pode acontecer para a escola é a descontinuidade. É por isso que a nomeação política é um retrocesso porque muda a direção todas as vezes em que há troca de prefeito ou mesmo de um deputado ou vereador que muda de partido".

Além de ser a forma mais criticada por especialistas, a indicação política é, segundo o Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade da educação), a que tem mais impacto negativo no desempenho dos estudantes. No exame de 2003, em todas as seis provas (são aplicados testes de português e matemática para alunos de quarta e oitava séries e do terceiro ano do ensino médio), os alunos que estudavam em escolas dirigidas por diretores nomeados politicamente tinham o pior desempenho. Os melhores desempenhos foram de alunos de colégios onde a escolha foi feita por concurso ou eleição.

"Pelos resultados do Saeb, não é possível afirmar se o melhor é a escolha do diretor por eleição ou concurso porque os resultados foram muito parecidos. No entanto, a gente percebe que as notas de alunos de diretores indicados politicamente destoam negativamente das demais", afirma Nildo Luzio, coordenador de base de dados da avaliação da educação básica do Inep.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Educação - A Chave para a Mudança




Muito se fala em mudar o mundo, várias propostas são feitas, várias possibilidades são apresentadas, soluções inovadoras ou tecnologias avançadas surgem como respostas para essa necessidade urgente de salvar este mundo imperfeito que criamos.

Porém, a resposta para dar o pontapé inicial nessa jornada de refazer o que não deu certo é oferecer para todos, indistintamente para todos, o direito de aprender, a possibilidade de universalizar o ensino, permitindo que aconteça uma das coisas mais importantes em nossas vidas, o direito igual ao saber.

Saúde e segurança são desejadas por todos, são fundamentais em nossa qualidade de vida, mas é a educação de boa qualidade que garante igualdade de condições para todas as pessoas. É através dela que conquistamos nosso maior direito como cidadão, o direito de entender o mundo que nos cerca, melhorando a nossa condição de vida por mérito próprio.

Em testes internacionais recentes os melhores alunos brasileiros ficaram nas últimas colocações, abaixo da quinqüagésima posição entre cinqüenta e sete países. Nossos alunos são despreparados, o ensino no Brasil em geral é fraco e de péssima qualidade.

Pais e governos não dedicam o tempo necessário para mudar esse quadro vergonhoso de nosso País. Em pesquisa publicada na revista Veja de 20 de agosto deste ano, a reportagem afirma que: “89% dos pais consideram receber das escolas um bom serviço em troca do que pagam”. Na mesma reportagem é afirmado que: “…os pais brasileiros de todas as classes não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos.

Os mais pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda, segurança e livros didáticos gratuitos. Os pais da classe média se animam com as quadras esportivas, a limpeza e a manifesta tolerância dos filhos às exigências acadêmicas muitas vezes calibradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes.”

Pais despreocupados, governos omissos, professores desestimulados e despreparados, além de mal remunerados: esse quadro compromete, e muito, o objetivo de vencermos nosso maior desafio, tornar-nos uma nação em condições de alcançar um patamar digno de civilidade e desenvolvimento.
Um país desenvolvido se faz com pessoas bem preparadas, conhecedoras das suas condições e capazes de alcançar padrões de vida dignos por seus próprios méritos.

Como brasileiro cansei de ouvir que somos um País do futuro, quero ser do presente, e quero ter orgulho de meu País pelo que somos e não pelo que seremos. Quero, e acredito que toda a minha geração também, viver este novo Brasil, que seja reconhecido não por sermos bom de futebol ou termos um carnaval animado, e sim por termos superado séculos de atraso e vencido a pobreza pelo mérito de cada um e não por programas assistencialistas.

Nosso povo não quer esmola, quer estudar, trabalhar e crescer. Quer poder sonhar com uma vida melhor e conquistar as boas coisas que a vida pode oferecer com o sentimento de dever cumprido. Nosso povo merece essa chance.

Controlar a inflação, ter uma economia estável, melhorar o padrão de vida da população mais pobre, tudo isso é bom, porém, é efêmero se não investirmos nossas melhores cabeças e recursos na formação de jovens de todas as idades e, assim, darmos para nosso o País o direito de olhar com orgulho os seus feitos como nação.

Um país sem uma educação adequada jamais será sustentável.

CAMPOS EM DEBATE: Hipocrisia

CAMPOS EM DEBATE: Hipocrisia
O vice-prefeito Roberto Henriques "considera que a postura justa de esperar até o dia 30 de janeiro de 2009 para a demissão dos terceirizados, novo prazo dado pela Justiça do Trabalho, seria para fazer uma avaliação minuciosa dos funcionários que, efetivamente, trabalham. Segundo ele, uma das primeiras medidas da prefeita eleita, Rosinha Garotinho, será saber 'quem é quem na prefeitura para valorizar quem trabalha e corrigir injustiças'", conforme publicou o Monitor Campista de ontem. A exploração política do fato, tentanto manter viva a esperança dos contratados, não é um bom negócio, só faz aumentar a tensão entre os envolvidos. É hipocrisia dizer que o futuro Governo primará por quem realmente trabalha, uma vez que a decisão da Justiça do Trabalho, ao adiar as demissões, procurou, apenas e tão-somente, evitar a solução de continuidade dos serviços públicos essenciais. Portanto, não importou a questão do desemprego para que o prazo de demissão fosse prorrogado, como quer passar o futuro Governo. Se Rosinha Garotinho resolver, de fato, apurar quem realmente trabalha para demitir os faltosos, não estará autorizada, com isso, a recontratar quem quer que seja da leva dos 40%. De outro lado, fala-se em corrigir injustiça, mas sem falar em concurso público. Desta visão estreita só compartilham os que preferem o apadrinhamento, o clientelismo, o paternalismo e o filhotismo. Se o futuro Governo está de boa-fé, incorre em equívoco; porém, se agita de má-fé, quer enganar o povo e os contratados. Não procede a alegação de insuficiência de recursos próprios, como já tivemos oportunidade de demonstrar. Se a mão-de-obra é imprescindível para a manutenção dos serviços públicos, que se utilize primeiro a receita dos royalties na admissão de concursados para, em seguida, aumentar a receita tributária. Fugir desta ordem é dar continuidade a corrupção deslavada ocorrente neste Município.

sábado, 6 de dezembro de 2008

XACAL:O CICLO DO FRACASSO

Fiquei uns dias impossibilitada de postar nesse espaço,pois eu como muitos moradores em Santa Maria ficamos sem telefone, devido um fio que foi rompido por um ônibus..e isto gerou um acúmulo de serviços na minha escola,já que estamos nas últimas provas do ano letivo,e dependo e muito da internet.

Poucos dias desligada e muitas novidades para um curto espaço de tempo...parece que a "conta-gotas" os secretários são anunciados pela prefeita eleita...:
Cecília Ribeiro Gomes no Trabalho....
Francisco de Assis Pessanha Filho como Procurador Geral do Município...
Paulo Hirano na Saúde...
Suledil bernardino na Controladoria Geral...
Fábio Viana na Administração....
Orávio Campos Soares na Secretaria de Cultura e Fundação Trianon...
Eraldo Bacellar como secretário de Petróleo e Desenvolvimento....
Professora Joilza Rangel na Secretaria de Promoção e Ação Social...
Professora Auxiliadora Freitas na SECRETARIA DE EDUCAÇÃO...
Muitos são os desafios e é preciso ter coragem e "peito" para que o ciclo vicioso de anos não atinja a "nova" gestão!

Rodei ,rodei na blogosfera eu mesma fiquei pensando em uma das minhas primeiras postagens desse blog a respeito da dupla dinâmica "Rosinha e Auxiliadora" e do meu orgulho de por elas ser representadas....No dia que escrevi estava acreditando mesmo em uma mudança....hoje já não acredito muito...
Não estava com uma "viseira religiosa" mas desacreditada demais na gestão do falecido governo...

Diante o quadro político que vai sendo desenhado não vejo como prioridade as eleições para diretores e vice-diretores...uma política educacioanl séria voltada para uma educação de qualidade...uma gestão...

REPRODUZO AQUI A POSTAGEM DE XACAL ,espero sinceramente, que a voz do blogueiro provoque uma atitude ,uma mudança,um estado de alerta,...
Os especialistas em Educação costumam repetir que o tempo pedagógico tem um ritmo próprio...
As políticas públicas educacionais, exercidas através de atos normativos e executivos, não repercutem de forma célere...
Normalmente, intervenções nesse setor se prolongam nos anos...Mudanças programáticas, alterações das relações com o magistério, deterioração ou melhoras na estrutura física, etc, etc, costumam apresentar resultado no médio e longo prazos...
Nesse raciocínio, não seria leviano dizer que o legado da ex e futura secretária de educação, indicada pela prefeita eleita, realiza-se plenamente em nossos dias...
De acordo com as palavras do professor Luciano D'Ângelo, em seminário na UENF, por ocasião das eleições, Campos dos G. nunca teve qualquer traço ou sombra de planejamento de gestão em Educação...Não se conhecem os recursos disponíveis, as carências, a visão, a missão, as metas, objetivos, as oportunidades e ameaças (já que agora é "moda", sapecamos uma linguagem de planejamento estratégico)...
Embora tenha sido muito criticada (e com todo merecimento) por sua incompetência e tendência a privilegiar os interesses dos grupos privados do ramo, a atual secretária só aprofundou um modelo instaurado com pompa e circunstância por sua antecessora, que inclusive permaneceu no governo de arnaldo popozão, quando seu chefe já lhe fazia oposição ferrenha...
Ou seja, maria auxiliadora e beth landim, assim como boa parte dos quadros das duas facções, são as faces de uma mesma moeda...Até porque, quase todos já estiveram tanto em um lado, como no outro e vice-versa...
Se pesam contra landim suspeitas de beneficiar o colégio das freiras mascates, não esqueçamos que maria freitas tinha em wilma tâmega, dona do então poderoso Colégio Santo Antônio (para quem não se lembra, é onde fica o Sindipetro, dentre outras filiais da rede de ensino)...
Inclusive, como um mimo a mais, depois de tentar salvar o falimentar colégio com toda sorte de "subsídios", a então secretária adquiriu o imóvel da colega em dificuldades...
Se por um lado beth landim é acusada de comprar um software de 5 milhões, em meio a muitas outras atitudes administrativas pouco ortodoxas, em desfavor de maria freitas páiram dúvidas sobre a compra aparelhos eletro-eletrônicos, supostamente, superfaturados...E o mais grave: seu marido era o proprietário da loja, a TRISSOM...
Independentemente dos nome, já dissemos aqui, o que nos importa são os princípios sobre os quais esses nomes depositam sua gestão...
Agora, quando os nomes já reconhecidamente falharam nesses asapectos, e mesmo assim são recolocados em cargos que nunca deveriam ter ocupado, não há como acreditar que há qualquer intenção de mudar algo...
Parabéns Campos dos G...Temos uma secretária de educação à nossa altura...
Pensando bem...estudar para quê, basta ensinar nossos meninos e meninas a montar uma empresa e fornecer para a pmcg...pelo menos enquanto houver royalties...Nesse pântano goitacá sucesso não tem nada a ver com mérito mesmo, então por que gastar tempo e recursos...?

Aderimos a campanha WALLYPREFEITO


Ajude a encontrar o Prefeito de Campos - RJ, isso é um ato solidário.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Curso On line Gratuito.

Curso Gratuito On Line composto por 7 lições. A proposta é ensinar algumas regras básicas de como criar Atividades para Salas de Aula ou outros fins. Vale ressaltar que o Curso não fornece nenhum certificado aos praticantes, sendo mais uma oportuna forma de reciclagem pessoal para cada participante.Está dividido nos seguintes tópicos:
Pensando em Atividades
Como Trabalhar a Criatividade na Concepção de Modelos
Aprendendo a identificar os Materiais mais Simples para uso
Elementos Básicos de um Jogo ou Atividade
Usando apenas os Materiais Disponíveis
Usando o computador para Criar Atividades
Aprendendo a Separar o Útil do Inútil

Ps:http://sitededicas.uol.com.br/sd_cursos.htm

Entre no site acima e pesquise maiores informações.

A chaminé da morte


O tabagismo é considerado uma doença e atinge um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhão de pessoas. O cigarro faz cerca de 4 milhões de vítimas todos os anos, sendo a maior causa de morte evitável. No Brasil, cerca de 80 mil pessoas morrem precocemente a cada ano devido ao tabagismo. Apesar desses números assustadores, a quantidade de dependentes aumenta a cada dia – e o de mortes causadas pelo tabagismo também. Baseados nos atuais padrões de consumo de derivados do tabaco, especialistas estimam que mais de 500 milhões de pessoas, entre as quais 200 milhões de crianças e jovens, morrerão por causa do fumo. Cerca de metade dessas mortes será de pessoas entre 35 e 69 anos, que perderão, em média, 20 anos de vida.