terça-feira, 3 de maio de 2016

grito

Grito

em muralhas
de folhas doentes
caminha a
humanidade

espreme-se
sumo dolorido
das coisas
que não
se entendem

caras esculpidas
no tempo
anoitecem
olhos dão
bofetadas

a boca em
tortura
não tem
palavras

o ouro depura
a garganta dos
loucos
e daí o
grito.

Hilda Helena Dias

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