segunda-feira, 25 de abril de 2016

não sei morrer

não sei morrer

meus traços
indefinidos
pedirão
meu sangue
fervendo

meus olhos
estagnados de
água
molharão a
morte por
não saber da
minha presença

nula e inerte
ao silêncio
sem santo
por perto
enterro
raízes perdidas

a vida suicida
cansada de
viver
diz que gosta
de mim
mas assiste
meu fim

solitária
com asas
sem ter
onde repousar
sou louca
em meus
sonhos
teço roupas
para os vivos

talvez
nas minhas
entranhas
sempre
tenha existindo
um deus.

2 comentários:

Luiza Cantanhêde disse...

Parabéns!

Hilda Helena Raymundo Dias disse...

Luiza, Poeta amada. Amo te ler. Obrigada pela amizade e carinho!