segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

crepúsculo do louco


crepúsculo do louco

num tempo de entardecer
ouvi o som indecifrável
de um louco

falava da língua molhada
da Terra
moldando sua carne a
minha
e jurava ser eu o Paraíso

ao seu toque inatingível
gritei sustentando
a própria vida

raízes de ninguém
saiam dele
na eternidade das luas
eram minhas

na volúpia dos corpos
celebrei o outro
entendendo ser eu .

Hilda Helena Dias


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