quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

há de vir

Há de vir

virá o todo-poderoso
sombra corrosiva
respirando meu miolo
na torcida pétala
de carne

o que há dentro
será arrancado pelos
dentes do tigre
com lâminas o obscuro será
desenhado em sangue rosado
filtrado da veia explosiva

ao vento
longe da masmorra
me verei toda nua
em  círculos intensos
aspirando e vomitando
amores além da medida.

Hilda Helena Dias

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