Segundas intenções
Quem não tem?
Os ajuizados que me perdoem.
Meu canto não é minha única voz.
Costumo dar vida ao que não existe;
Pois vivo,me encanto,desejo.
Há tempos perdi minha inocência.
O desconhecido,as flores,as borboletas,
A lábia e o prazer me encantam.
Me cativo por algo que não compreendo,
Mas sinto.
O que me seduz e fascina não é a beleza,
Mas sim as segundas intenções.
Enquanto travam espadas e beijos pelo amor,
Minha intensa fantasia é o predador.
4 comentários:
Eis que a chapeuzinho
Esperta como ela só
Nua em pelo
Devora o lobo até os ossos
E ainda leva um bolo para a vovó.
Se de boas intenções
O inferno está cheio
Levo todas
As minhas segundas, terceiras
E as penúltimas inten(ta)ções até o paraíso
Onde quem sabe também moram o gozo e o riso?
Douglas,impressionante como você capta a essência do poema,este foi inspirado mesmo na Chapeuzinho Vermelho,fiquei impressionada como você associou o poema ao conto.
Que não nos falte,segundas e terceiras intenções!!!
Não faltarão, e que sempre sejam as penúltimas...
Postar um comentário