o grito
ouço o grito escuro
dos homens num
rio de extensas
águas desiguais
passando nas
manhãs de medo e
pobreza
em mim
um olhar aguado
escondido das gentes
o sangue de ouro
compra o tempo
nos olhos do espírito
a fome de estar
vivo
querendo a vida
de volta
mortos acordados
na lucidez
se juntam
na rudeza aparência do
amor dilacerado
trabalham riquezas
loucos
com garras de ferro
desaparecem no
roteiro ensolarado
com uma faca finíssima
grito levando
na noite
num passeio esquecido
bombas limpas
num regime rígido
morrendo descobre-se
a si mesmo
se faz abstração
no cruzar da
tarde
sem unanimidade
como ferozes
convive-se no todo
com tudo
o rio correndo
fascina os amantes
que trabalham o
sangue.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
ouço o grito escuro
dos homens num
rio de extensas
águas desiguais
passando nas
manhãs de medo e
pobreza
em mim
um olhar aguado
escondido das gentes
o sangue de ouro
compra o tempo
nos olhos do espírito
a fome de estar
vivo
querendo a vida
de volta
mortos acordados
na lucidez
se juntam
na rudeza aparência do
amor dilacerado
trabalham riquezas
loucos
com garras de ferro
desaparecem no
roteiro ensolarado
com uma faca finíssima
grito levando
na noite
num passeio esquecido
bombas limpas
num regime rígido
morrendo descobre-se
a si mesmo
se faz abstração
no cruzar da
tarde
sem unanimidade
como ferozes
convive-se no todo
com tudo
o rio correndo
fascina os amantes
que trabalham o
sangue.
Hilda Helena Dias
Fotografia: Arô Ribeiro
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