sábado, 2 de janeiro de 2016

UM CORPO NO TEMPO

UM CORPO NO TEMPO
Viva, trabalho o sangue
Imponho meu corpo
Ao morrer, matarei 
O meu infinito amor
Estranha de mim
Passeio veemente pela vida
Recorto-me
Meus olhos me veem
Devolvo-me a alma
A vida com asas
Livre, pássaro de morte
Apunhala o corpo, seu amor
Olho para o pensamento
Vejo seu rosto
Sobre meus atos
Uma arma nas mãos.
Fotografia:
OBSERVE
Perfomace for Câmera
Ana Montenegro and Maurizio Mancioli, collaboration.
São Paulo, 2015.

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