vazio de mim
na minha neblina
flutuo sobre a
grande face
me canto
antes de ser pó
me fantasio de ser e
existir eternamente
quando sou nada
viro fantasma para
tocar meu
espírito
atravesso abismos ao
avesso
toco a Luz do começo
e surpreendo-me
na minha exuberância e
excessos
recrio-me seduzido
queria ser esquecida e
prisioneira
da farta nudez
que encanta
precisarem da minha carne
e tomar-me com fome
torna vago o
espírito
ser vício escuro
da Terra
clareia o
nada
amando possuímos
os ossos da profundeza obscura
no toques das
carnes
o desejo da eternidade
honro-me diante do
nada
traduzo-me para não
ser confundida
brinco com medo do
exílio que tem
todas as respostas
para me dar a luz
juntos nos nossos
vazios
a forma humana
será revelada
corpos raros
nesse tempo.
Hilda Helena Dias
Arte: Ludovic Florent
na minha neblina
flutuo sobre a
grande face
me canto
antes de ser pó
me fantasio de ser e
existir eternamente
quando sou nada
viro fantasma para
tocar meu
espírito
atravesso abismos ao
avesso
toco a Luz do começo
e surpreendo-me
na minha exuberância e
excessos
recrio-me seduzido
queria ser esquecida e
prisioneira
da farta nudez
que encanta
precisarem da minha carne
e tomar-me com fome
torna vago o
espírito
ser vício escuro
da Terra
clareia o
nada
amando possuímos
os ossos da profundeza obscura
no toques das
carnes
o desejo da eternidade
honro-me diante do
nada
traduzo-me para não
ser confundida
brinco com medo do
exílio que tem
todas as respostas
para me dar a luz
juntos nos nossos
vazios
a forma humana
será revelada
corpos raros
nesse tempo.
Hilda Helena Dias
Arte: Ludovic Florent
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