sábado, 22 de novembro de 2008

- Câmara aprova projeto de cotas para universidades federais


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o projeto que reserva metade das vagas em universidades públicas federais a alunos que cursarem todo o ensino médio em escolas públicas. O projeto prevê também subcotas raciais para negros, pardos e indígenas.

Os partidos fecharam um acordo e o projeto foi aprovado em votação simbólica na Câmara. De acordo com o texto, as universidades públicas federais têm que reservar metade das vagas em cada curso e turno para estudantes que fizerem o ensino médio em escolas públicas.

Essas vagas serão distribuídas de acordo com dois critérios: para alunos que se declarem negros, índios ou pardos, de acordo com a proporção desses grupos na população de cada estado, estabelecida pelo IBGE; e para alunos de famílias com renda de até um salário mínimo e meio por pessoa.

Em caso de empate entre dois estudantes, o mais pobre ficaria com a vaga. As escolas técnicas federais também teriam que aplicar os mesmos critérios. O projeto segue agora para o Senado.
Realmente este projeto divide opiniões.Alguns acham bom,principalmente os alunos que sempre estudaram em escolas públicas e também uns professores devido o fracasso escolar ser uma realidade dura onde trabalham e eles não acreditam mais numa escola pública de qualidade.Mas não seria injusto para alguns alunos que cursaram um período na escola particular?Eu mesma tenho uma escola particular e muitos alunos a frequentam porque a escola pública não tem conseguido cumprir com sua tarefa no município e a maioria dos alunos são filhos de trabalhadores que muito se empenham para garantir o futuro dos filhos.O governo gasta mais de R$100,00 por aluno e não consegue dar conta do recado que é a ESCOLA BÁSICA ,acredito sim que que isto é injusto;muitos estudam anos na escola pública e são obrigados a frequentarem uma escola particular pois correm o risco de nem serem alfabetizados.O governo quer incentivar os alunos a frequentarem as Universidades Públicas mas não deveriam assumir a culpa e melhorar a educação? Para que tantos investimentos?E por que somente as escolas particulares dão conta do recado?Não deveriam ver porque estas alcançam resultados e as públicas não?
Muitos afirmam que a escola pública está muito diferenciada de uma escola particular e acham injusto fazer os dois alunos concorrerem. Débora Santos,da Universidadea declarou que a partir do momento em que as vagas são divididas,tem uma possibilidade de fazer os alunos que vêm de escolas publicas concorrerem juntos e os alunos que vêm de uma escola mais privilegiada concorrerem juntos.
A maioria dos professores das escoalas particulares do 1º segmento do Ensino Fundamental recebem um salário e dão conta do recado,e a os professores das escolas públicas não,isto eu culpo a gestão escolar ,ela é a principal responsável: coordenadores,supervisores,orientadores e diretores que na maioria das vezes ñão são eleitos para a função que exercem.“Seria preciso que as escolas públicas, como um todo, tivessem a qualidade média das escolas privadas. Isso não é um objetivo impossível, nem distante de séculos. Mas ele nunca vai ser atingido se, em vez de discutirmos isso, passarmos a discutir cotas e aproveitarmos a nossa tragédia educacional para criar raças no país", afirma Demétrio Magnoli, da Universidade de São Paulo.

As escolas técnicas e as universidades públicas federais teriam quatro anos para se adaptar às novas regras, mas a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado. Lá, o debate promete.

“Tem que se cuidar é do Ensino Básico. Aí sim, não vai se precisar de cotas, não vai precisar de nada, porque se tiver uma boa escola pública, esse aluno vai chegar a uma boa universidade pública”, diz o senador Wellinton Salgado (PMDB).

“Eu acho que o sistema de cotas é algo importante, desde que seja bem calibrado e que faça Justiça aos segmentos sociais que precisam ser protegidos, mas também não seja injusto para o restante dos segmentos”, aponta Romero Jucá, líder do governo no Senado.



Foi uma decisão confusa, e o projeto ainda precisa ser votado pelos senadores.

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